segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

PE. ROBSON E IMAGEM DO DIVINO PAI ETERNO EM NATAL

O Pe. Robson de Oliveira, do Santuário do Pai Eterno, em Trindade (GO), estará em Natal, dia 13 de março, na Catedral Metropolitana. Será a Tarde da Misericórdia, iniciando às 13h, com louvor, pregações e atendimento de confissões; às 14h, adoração e bênção do Santíssimo Sacramento; às 15h, show de evangelização; às 16h30, chegada da imagem peregrina do Divino Pai Eterno; e, às 17h30, missa, presidida pelo Pe. Robson.

A celebração será transmitida pela Rede Vida de Televisão e pela Rádio Rural de Natal.

Arquidiocese de Natal

domingo, 27 de fevereiro de 2011

DECLARAÇÃO ANUAL DO IMPOSTO DE RENDA

A Receita Federal começa a receber na próxima terça-feira (dia 1º) a declaração anual do Imposto de Renda 2011. O Fisco espera receber 24 milhões de declarações neste ano. No ano passado, foram 23,5 milhões.
É obrigado a declarar que recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 22.487,25 em 2010.
Também é obrigado a declarar quem teve rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, acima de R$ 40 mil. Estão nesta categoria lucros e dividendos, poupança, aplicações financeiras, 13º salário, prêmios e juros pagos ou creditados de capital próprio, entre outras situações. 

A Folha de São Paulo

MAPA DA VIOLÊNCIA - Os jovens no Brasil

O Ministério da Justiça, em parceria com o Instituto Sangari, lançou nesta quinta-feira, 24, o Mapa da Violência 2011 – Os Jovens do Brasil. A divulgação aconteceu na Sala de Retratos do edifício sede do Ministério e contou com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Coordenado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, o estudo faz um diagnóstico sobre como a violência tem levado à morte brasileiros, especialmente os jovens, nos grandes centros urbanos e também no interior.

O estudo é dividido em três formas distintas de extermínio de jovens: homicídios, acidentes de transporte e suicídio, nos estados, nas capitais e regiões metropolitanas. Segundo os dados, o estado de Alagoas lidera o ranking de violência no país com 60,3 homicídios [em 100 mil habitantes]. O crescimento dessa violência teve início em 1999. De forma semelhante, Paraná, Pará e Bahia, que em 1998 apresentavam indíces relativamente baixos, em 2008 passam a se destacar no ranking de homicídios. O estado de São Paulo, por sua vez, fez o sentido contrário. Sua taxa de homicídios em 1998 ocupava a 5ª colocação no ranking nacional. Dez anos depois, em 2008, suas taxas caem para 14,9 homicídios [em 100 mil habitantes], passando a ocupar uma das últimas colocações, a 25ª.

De acordo com o Ministério da Justiça, o estudo servirá de subsídio a políticas públicas de enfrentamento à violência. As fontes dos dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, que aponta o crescimento das mortes de jovens por homicídio, acidentes de trânsito e suicídio.

A Igreja contra o extermínio de jovens

As Pastorais da Juventude do Brasil (Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude Estudantil, Pastoral da Juventude do Meio Popular e Pastoral da Juventude Rural), com o apoio do Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), deram início, em 2009, à Campanha Nacional contra o Extermínio da Juventude. O trabalho é fruto da reflexão da 15ª Assembleia Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil, ocorrida em maio de 2008, e da indignação crescente dos delegados presentes naquela assembleia e da revolta ante ao crescente número de mortes de jovens no campo e na cidade, em todos os cantos do país.
A Campanha consiste numa ação articulada das Pastorais da Juventude com o apoio de diversas organizações para levar a toda sociedade o debate sobre as diversas formas de violência contra a juventude, especialmente o extermínio de milhares de jovens que está acontecendo no Brasil.

Três eixos norteiam as ações da campanha: “Formação política e trabalho de base”, que tem por objetivo conscientizar e sensibilizar quanto aos debates de segurança pública, sistema carcerário, direitos humanos, outros tipos de violência. O eixo II, “Ações de massa e divulgação”, é responsável pela organização de uma Marcha Nacional, que deverá ser realizada ainda este ano, com o objetivo de denunciar a violência e mobilizar a sociedade no que se refere ao extermínio de jovens e, por fim, o terceiro eixo, “Monitoramento da mídia e denúncia quanto à violação dos direitos humanos”, cujo objetivo é acompanhar e denunciar as violações de direitos humanos praticados pela mídia.

CRIMINALIDADE CRESCE NO INTERIOR

A criminalidade cresce de maneira alarmante no interior do Brasil. A pequisa Mapa da Violência 2011, divulgada pelo Ministério da Justiça, aponta que entre 1998 e 2008 a taxa de homicídios no interior aumentou 38,6%, enquanto as capitais e regiões metropolitanas reduziram seus índices em 24,6%.

De acordo com o estudo, houve deslocamento dos polos da violência para os locais com menor presença do Estado na área de segurança pública. Isso demonstra a falta de políticas específicas para combater a criminalidade em municípios de médio e pequeno porte.

O Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), principal ação do governo federal na área, atende apenas os grandes centros urbanos e municípios com mais de 200 mil habitantes. Os governos dos estados, aos quais cabe constitucionalmente estabelecer e executar as políticas de segurança pública, também não têm ações sistemáticas para conter a criminalidade e a violência nessas localidades.

A interiorização da violência indica que é o interior que assume a responsabilidade pelo crescimento das taxas de homicídios e não mais as capitais ou regiões metropolitanas. “É inegável que essa situação de equilíbrio instável vai exigir esforços redobrados dos governos e da sociedade civil para interiorizar e espalhar as políticas de contenção e enfrentamento da violência”, diz a pesquisa.

De acordo com a coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), Silvia Ramos, o processo de migração da violência começou das capitais para os municípios das regiões metropolitanas e depois para o interior. “Hoje, a violência migrou para os chamados municípios de médio porte. Aquela cidade com 50 mil habitantes, que era um lugar onde todo mundo dormia de portas e janelas abertas ou ficava na pracinha até de noite tocando violão.”

Fatores como tráfico de drogas, comércio clandestino de armas e policiamento precário contribuíram para o aumento das taxas de homicídio no interior do país, segundo Silvia. “Essas cidades adotaram uma cultura de violência. Aquela cidadezinha [pacata] passou a ser um local onde todo mundo está se entupindo de grades.”

Além da interiorização da violência, a pesquisa também destaca a concentração da criminalidade em certas áreas urbanas, como favelas e zonas periféricas. Para Silvia, isso reflete o surgimento de uma nova variável explicativa para o crescimento da violência: a geografia urbana.

“Antigamente, costumava-se imaginar que renda, gênero, raça e escolaridade eram variáveis explicativas importantes para entender taxa de homicídio. Embora tudo isso seja verdade, apareceu uma nova, que é a variável do local de moradia.”

De acordo com a coordenadora, as políticas públicas não estão preparadas para intervir de forma integrada nesses territórios. “Temos de melhorar as respostas na área de segurança pública. Para que a criminalidade seja reduzida, temos, em primeiro lugar, que ter policiais comunitários e, ao mesmo tempo, investir na melhoria [infraestrutura e ações sociais] dessas áreas.”

CNBB CONVIDA FIÉIS A REZAREM COM OS BISPOS

A 49ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acontecerá de 4 a 13 de maio, em Aparecida (SP), deverá reunir mais de 300 bispos de todas as dioceses do Brasil. Para que os fiéis possam se sentir um pouco mais perto desse grande evento da Igreja no Brasil, a CNBB está lançando o subsídio de oração “Rezemos com os Bispos do Brasil Reunidos em Aparecida”.

Acesse.: Cartilha de Oração pela Assembleia dos Bispos

 
Segundo o subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB, padre Ademar Agostinho Sauthier, o subsídio serve não apenas para oração, mas também de base para uma reflexão maior dos temas ligados à Igreja no Brasil. “Propomos, com essa cartilha, temas para conversas, partilha de experiência, reflexão e oração, a serem usados em cada dia, como um modo de acompanhar fraternamente os nossos bispos. Reúna-se, acompanhe as notícias da Assembleia e faça suas reflexões e orações espontâneas a partir dos textos propostos para cada dia”, ressaltou.

A cartilha contém orações para todos os dias da Assembleia. No próprio subsídio, destaca-se que todos são convidados a sentirem-se mais próximos dos bispos reunidos em Aparecida.

“Você, sua família, sua comunidade, são especialmente convidados a entrar em sintonia com os nossos bispos reunidos em oração e a acompanhar dia a dia, passo a passo, o desenrolar dos acontecimentos da Assembleia Geral. É nosso jeito de afirmar que todos nos sentimos responsáveis pela Igreja, em comunhão uns com os outros e com os nossos pastores, unidos numa corrente de fé”, diz um trecho da cartilha.

E para favorecer a distribuição, a CNBB enviou a cartilha a todas as dioceses do Brasil para que os padres façam a divulgação do material nas Missas.

ÂNGELUS: A fé na Providência nos liberta do medo do amanhã, diz Papa

No discurso que antecedeu o Ângelus, deste domingo, 27, o Papa Bento XVI concentrou sua reflexão sobre a liturgia de hoje. Tomando primeiramente a leitura do livro do profeta Isaías, o Santo Padre destacou que trata-se de um convite à confiança no incondicional amor de Deus (cf. Is 49,15).

Logo em seguida, o Pontífice falou sobre o trecho do Evangelho de Mateus que traz uma explicação de Jesus sobre a Providencia Divina: “Não vos preocupeis, pois, dizendo: “O que comeremos? O que beberemos? O que vestiremos? De todas estas coisas vão à procura os pagãos. O vosso Pai celeste, de fato, sabe que tens necessidade” (cfr 6,24-34).

Acesse
.: NA ÌNTEGRA: Ângelus do Papa Bento XVI sobre a Divina Providência

Bento XVI ressaltou que esta afirmação de Jesus não quer levar ninguém a um ingênuo conformismo, mas à consciência de que, acima de tudo, está a busca pelo Reino de Deus, em meio às lutas do cotidiano. "A fé na providencia, de fato, não dispensa a fadigosa luta por uma vida digna, mas liberta da ansiedade pelas coisas e do medo do amanhã”, destacou.

O Santo padre acrescentou ainda que o cristão é chamado a viver uma confiança absoluta em Deus. “Jesus nos demonstrou o que significa viver com os pés bem plantados na terra, atentos às concretas situações do próximo e, ao mesmo tempo, conservando sempre o coração no céu e mergulhado na misericórdia de Deus”, explicou.

Ao final do discurso, o Papa fez um convite para que todos invoquem Nossa Senhora através do título de “Mãe da Divina Providência” e pediu para que os fiéis, a partir desta reflexão de hoje, possam optar por uma vida mais sóbria e simples.

O encontro
Milhares de pessoas estavam reunidas na Praça de São Pedro, com as quais o Papa falou diretamente da janela de seu escritório particular, no Palácio Apostólico Vaticano, às 12h (em Roma - 9h no horário de Brasília).

SANTO DO DIA - Santo Gabriel de Nossa Senhora das Dores

No dia primeiro de março de 1838 recebeu o nome de Francisco Possenti, ao ser batizado em Assis, sua cidade natal. Quando sua mãe Inês Friscioti morreu, ele tinha quatro anos de idade e foi para a cidade de Espoleto onde estudou em instituição marista e Colégio Jesuíta, até aos dezoito anos. Isso porque, como seu pai Sante Possenti era governador do Estado Pontifício, precisava a mudar de residência com freqüência, sempre que suas funções se faziam necessárias em outro pólo católico. 

Possuidor de um caráter jovial, sólida formação cristã e acadêmica, em 1856 ingressou na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os Passionistas. Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e a Virgem Dolorosa

Depois foi acolhido para o noviciado em Morrovalle, recebendo o hábito e assumindo o nome de Gabriel de Nossa Senhora das Dores, devido à sua grande devoção e admiração que nutria pela Virgem Dolorosa. Um ano após emitiu os votos religiosos e foi por um ano para a comunidade de Pievetorina para completar os estudos filosóficos. Em 1859 chegou para ficar um período com os confrades da Ilha do Grande Sasso. Foi a última etapa da sua peregrinação. Morreu aos vinte e quatro anos, de tuberculose, no dia 27 de fevereiro de 1862, nessa ilha da Itália.

As anotações deixadas por Gabriel de Nossa Senhora das Dores em um caderno que foi entregue a seu diretor espiritual, padre Norberto, haviam sido destruídas. Mas, restaram de Gabriel: uma coleção de pensamentos dos padres; cerca de 40 cartas testemunhando sua devoção à Nossa Senhora das Dores e um outro caderno, este com anotações de aula contendo dísticos latinos e poesias italianas.

Foi beatificado em 1908, e canonizado em 1920 pelo Papa Bento XV, que o declarou exemplo a ser seguido pela juventude dos nossos tempos.

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, teve uma curta existência terrena, mas toda ela voltada para a caridade e evangelização, além de um trabalho social intenso que desenvolvia desde a adolescência. Foi declarado co-patrono da Ação Católica, pelo Papa Pio XI, em 1926 e padroeiro principal da região de Abruzzo, pelo Papa João XXIII, em 1959.

O Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, é meta de incontáveis peregrinações e assistido pelos Passionistas, é um dos mais procurados da Itália e do mundo cristão. A figura atual deste Santo jovem, mais conhecido entre os devotos como o "Santo do Sorriso", caracteriza a genuína piedade cristã inserida nos nossos tempos e está conquistando cada dia mais o coração de muitos jovens, que se pautam no seu exemplo para ajudar o próximo e se ligar à Deus e à Virgem Mãe.

DEUS CUIDA DA GENTE - Mateus 6, 24-34

O amor de Deus por nós se revela na vida de Jesus, que foi uma vida de amor e serviço aos pequeninos, empobrecidos e excluídos. O testemunho e a prática de Jesus é a contradição da prática daquele que serve ao dinheiro. Quem serve ao dinheiro ama o dinheiro, e a ambição o torna cego e insensível ao próximo e a Deus. Servir ao dinheiro é consolidar esta estrutura econômica que favorece o enriquecimento de minorias ricas, às custas da exploração dos consumidores e das maiorias empobrecidas que são os trabalhadores que produzem os bens de consumo e os bens acumulados por estes ricos. Servir a Deus é assumir o seu projeto de comunhão no amor, de misericórdia e reconciliação, de solidariedade e partilha. No evangelho de Lucas, a advertência de Jesus, "não podeis servir a Deus e ao dinheiro!", se insere na recomendação "fazei amigos com o dinheiro injusto, a fim de que, no dia em que faltar, eles vos recebam nas tendas eternas" (cf. 5 nov.). Isto significa colocar o dinheiro injusto a serviço da promoção da vida dos empobrecidos e excluídos. Hoje, no evangelho de Mateus, a advertência sobre a incompatibilidade entre o servir a Deus e o servir ao dinheiro se relaciona com a busca de segurança na vida pela acumulação do dinheiro. A partir da insegurança quanto às questões elementares da sobrevivência opta-se pela aparente segurança que o dinheiro proporciona. Passa-se a acumular dinheiro, e, contraditoriamente, a acumulação do dinheiro gera mais insegurança e ansiedade, pelo receio das desvalorizações financeiras, das concorrências, ou pelo receio dos ladrões marginais. Quem busca salvar a sua vida colocando sua segurança no dinheiro a perde.
Encontramos toda nossa segurança na fonte e doador da vida que é Deus. O cuidado de Deus por nós é expresso de maneira poética pela comparação com os cuidados com os pássaros do céu e com os lírios dos campos. A bem-aventurança da pobreza é o abandono nas mãos de Deus que cuida dos pássaros do céu e das flores do campo. Conquista-se, assim, a liberdade para colocar-se inteiramente a serviço de Deus, na prática de sua justiça, com o que entramos em comunhão de vida eterna com Deus. Abandonar-se nas mãos de Deus é a atitude fundamental para usufruir da vida plena. Deus ama seus filhos como mãe. Na primeira leitura temos esta referência à mãe que ama seus filhos, como imagem de Deus, no qual não há nenhuma imperfeição. É um lampejo do caráter feminino de Deus, tão ocultado pela sua predominante imagem patriarcal tradicional. Libertados da ambição, os filhos de Deus buscam em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça. Como "administradores dos mistério de Deus" (segunda leitura), devem se empenhar em que vigore a justiça e os bens terrenos tenham um caráter comunitário, estando a serviço da vida plena para todos, conforme a vontade do Pai.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

JESUS E AS CRIANÇAS - Marcos 10,13-16

Marcos articula este episódio das crianças com a narrativa anterior, sobre o divórcio, e com a narrativa seguinte, envolvendo o perigo da sedução pelas riquezas, dois problemas que afetam a família. Pode-se pensar que as pessoas que chegam são pais e mães que trazem seus filhos para serem abençoados por Jesus. A repreensão da parte dos discípulos mostra uma atitude intolerante em relação aos fracos e a incompreensão da missão de Jesus. Daí o aborrecimento de Jesus, registro próprio de Marcos que prima por transmitir os traços humanos de Jesus. Contrariando os discípulos, Jesus, além de acolher as crianças proclama solenemente ("em verdade vos digo"...) a exclusão do Reino para quem não o receber como criança. E abraçava as crianças, expressão carinhosa, única no Novo Testamento, usada exclusivamente por Marcos apenas aqui e em Mc 9,36. A criança acolhida por Jesus soma-se ao conjunto dos excluídos que são chamados a participar do Reino de Deus, os impuros e pecadores, os pobres, e outros mais. Como a criança, o excluído sente-se desamparado e fraco, inseguro diante do dia de hoje e do futuro. Receber o Reino como criança significa abandonar as ideologias de poder que submetem as sociedades e renascer para a novidade do Reino de amor, fraternidade, justiça e paz.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SENADO APROVA SALÁRIO MÍNIMO DE R$ 545

O Senado aprovou por ampla maioria nesta quarta-feira, 23, sem modificações, a política de reajuste para o salário mínimo até 2015 e o valor de R$545,00 para este ano, num momento em que o governo realiza um esforço para controlar os gastos públicos o que inclui um corte no Orçamento de 2011. A votação se seguiu à vitória folgada na Câmara dos Deputados na semana passada. A proposta agora segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.

Os senadores governistas derrubaram três emendas propostas por PSDB e DEM, que pretendiam elevar o salário mínimo para R$600,00 e R$560,00, respectivamente. Também foi rejeitada a proposta de retirada do artigo 3º do projeto, que prevê que anualmente o novo valor será definido por decreto presidencial até 2015, seguindo a fórmula aprovada nesta noite.

A oposição promete agora recorrer ao Supremo Tribunal Federal para tentar barrar o uso do decreto, mas apenas depois da sanção presidencial.

"Querem acabar com o debate político, transformar tudo em prerrogativa do Executivo. Se o Senado da República desmerecer seus poderes constitucionais nós vamos ao Supremo Tribunal Federal", prometeu o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

O líder do PT e do bloco aliado no Senado, senador Humberto Costa (PT-PE), comemorou a votação. "Foi fruto de um trabalho de convencimento importante que nós tivemos em relação a todos os senadores da base", afirmou ao final da sessão.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), que lidera o governo na Casa, disse que "esse é um início de trabalho auspicioso."

A oposição lamentou o resultado mas mostrou disposição para continuar a lutar. "Não há muito o que inovar. Temos que usar nossa motivação neste começo", disse o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

O presidente interino do PMDB, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), rejeitou a possibilidade de punição aos peemedebistas que se abstiveram na votação ou votaram contra a proposta do governo. Jarbas Vasconcelos (PE) e Roberto Requião (PR) votaram a favor da emenda que propunha salário de 560 reais.

Na oposição, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura, se absteve na votação das emendas, uma delas do próprio partido, que elevavam o valor do mínimo.

Entre aliados, Ana Amélia Lemos (PP-RS) votou a favor das emendas que previam 600 e 560 reais e o senador Pedro Taques (PDT-MT) apoiou o valor de 560 reais.

Dilma deve sancionar a política de reajuste até o final deste mês e, com isso, o novo valor de 545 reais passa a valer já em 1o de março. Desde janeiro deste ano o valor em vigor é de R$540,00, sucedendo os R$510,00 do ano passado.

Nas três votações que enfrentou no plenário, a base reuniu 54 votos em duas delas e 55 em outra, dos 77 senadores que votaram. O plenário ficou cheio desde as 16h e a maioria dos parlamentares subiu à tribuna para expor sua posição. A sessão terminou quase às 23h.

Nas galerias, representantes de algumas centrais sindicais assistiram a sessão apenas em parte. Nas primeiras manifestações, os seguranças do Senado tentaram arrancar cartazes dos sindicalistas que pediam voto contrário ao valor de R$545,00, mas em seguida foram orientados a suspender a punição.

O senador Itamar Franco (PPS-MG) foi destaque na sessão. O ex-presidente da República bateu boca com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sobre questões regimentais. Em seguida discutiu com Jucá sobre a capacidade de compra do salário mínimo e ainda cobrou de senadores a lembrança de que o Plano Real foi realizado em seu governo.

A vitória de Dilma, no primeiro teste no Congresso desde que assumiu, em janeiro, mostra que a presidente conseguiu unir a grande base aliada. A operação para aprovar o mínimo consumiu esforços dos ministros, do vice-presidente Michel Temer e da própria Dilma.

Nesta quarta-feira, a presidente se reuniu com o senador Paulo Paim (PT-RS), um de seus aliados históricos do Rio Grande do Sul, e se comprometeu a abrir as discussões em torno do fator previdenciário e de uma política de reajuste para os aposentados que recebem acima de um salário mínimo. Dessa forma, venceu mais uma resistência da base aliada no Congresso. Ela acompanhou os debates no Senado pela TV no Palácio da Alvorada.

O projeto do governo de valorização do mínimo considera a variação do PIB de dois anos antes e percentual da inflação dos últimos 12 meses, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Uma das reclamações das centrais sindicais é que o reajuste do mínimo em 2011 não terá aumento real, porque a economia praticamente não cresceu em 2009, data para o cálculo. O governo diz que seguiu à risca o acordo e concedeu apenas a inflação de 6,47%, mais arredondamento.

Assim como fez com os aliados na Câmara, o governo acompanhou de perto os movimentos dos senadores aliados e conversou com todos que ofereciam resistências.

AJUSTE

O forte empenho dos membros do governo para evitar um aumento superior aos R$545,00 teve dois objetivos. Um foi dar uma vitória folgada a Dilma na sua primeira votação importante. O outro é de origem fiscal.

O governo já decidiu por um corte de R$50 bilhões no Orçamento e não queria emitir ao mercado um sinal oposto, concedendo um reajuste superior. Durante as duas semanas que a matéria tramitou na Câmara e no Senado, a equipe econômica de Dilma se esforçou para convencer a base aliada do rigor que o governo terá sobre as contas públicas.

Nos cálculos do Executivo, a cada real a mais de aumento haveria um impacto de aproximadamente R$300 milhões nos cofres da União, via Previdência Social, que paga o mínimo a 18,7 milhões de aposentados e pensionistas. No total de 47 milhões de pessoas recebe o salário mínimo no país.

SANTO DO DIA - São Sérgio

Sérgio, mártir da Cesarea, na Capadócia, por muito pouco não se manteve totalmente ignorado na história do cristianismo. Nada foi escrito sobre ele nos registros gregos e bizantinos da Igreja dos primeiros tempos. Entretanto, ele passou a ter popularidade no Ocidente, graças a uma página latina, datada da época do imperador romano Diocleciano, onde se descreve todo seu martírio e o lugar onde foi sepultado.

O texto diz que no ano 304, vigorava a mais violenta perseguição já decretada contra os cristãos, ordenada pelo imperador Diocleciano. Todos os governadores dos domínios romanos, sob pena do confisco dos bens da família e de morte, tinham de executá-la. Entretanto alguns, já simpatizantes dos cristãos, tentavam em algum momento amenizar as investidas. Não era assim que agia Sapricio, um homem bajulador, oportunista e cruel que administrava a Armênia e a Capadócia, atual Turquia.

A narrativa seguiu dizendo que durante as celebrações anuais em honra do deus Júpiter, Sapricio, estava na cidade de Cesarea da Capadócia, junto com um importante senador romano. Num gesto de extrema lealdade, ordenou que todos os cristãos da cidade fossem levados para diante do templo pagão, onde seriam prestadas as homenagens àquele deus, considerado o mais poderoso de todos, pelos pagãos. Caso não comparecessem e fossem denunciados seriam presos e condenados à morte.

Poucos conseguiram fugir, a maioria foi ao local indicado, que ficou tomado pela multidão de cristãos, à qual se juntou Sérgio. Ele era um velho magistrado, que há muito tempo havia abandonado a lucrativa profissão para se retirar à vida monástica, no deserto. Foi para Cesarea, seguindo um forte impulso interior, pois ninguém o havia denunciado, o povo da cidade não se lembrava mais dele, podia continuar na sua vida de reclusão consagrada, rezando pelos irmãos expostos aos martírios. A sua chegada causou grande surpresa e euforia, os cristãos desviaram toda a atenção para o respeitado monge, gerando confusão. O sacerdote pagão que preparava o culto ficou irado. Precisava fazer com que todos participassem do culto à Júpiter, o qual, segundo ele, estava insatisfeito e não atendia as necessidades do povo. Desta forma, o imperador seria informado pelo seu senador e o cargo de governador continuaria com Sapricio. Mas, a presença do monge produziu o efeito surpreendente de apagar os fogos preparados para os sacrifícios. Os pagãos atribuíram imediatamente a causa do estranho fenômeno aos cristãos, que com suas recusas haviam irritado ainda mais o seu deus.

Sérgio, então se colocou à frente e explicou que a razão da impotência dos deuses pagãos era que estavam ocupando um lugar indevido e que só existia um único e verdadeiro Deus onipotente, o venerado pelos cristãos. Imediatamente foi preso, conduzido diante do governador, que o obrigou a prestar o culto à Júpiter. Sérgio não renegou a Fé, por isto morreu decapitado naquele mesmo instante. Era o dia 24 de fevereiro. O corpo do mártir, recolhido pelos cristãos, foi sepultado na casa de uma senhora muito religiosa. De lá as relíquias foram transportadas para a cidade andaluza de Ubeda, na Espanha.

EXCLUSÃO DOS QUE PROVOCAM ESCÂNDALOS - Marcos 9,41-50

Podemos perceber neste texto uma compilação, feita por Marcos, de exortações catequéticas elaboradas nas primeiras comunidades. A frase inicial sugere que se trate de uma sentença vinculada à experiência da missão. É um estímulo ao acolhimento dos missionários. A alusão à queda dos pequenos é uma advertência àqueles que na comunidade buscam a vaidade e o poder e chocam aqueles que se aproximam com a esperança de encontrar amor e fraternidade. As alusões aos membros cortados são exageros literários (hipérboles) para induzir à disciplina pessoal. Contudo podem indicar também a exclusão de membros da comunidade (corpo) que provocam escândalos. As frases finais visam a convivência harmoniosa na comunidade. O fruto é a paz, na vivência do amor fraterno, em Jesus.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SACERDOTE ASSASSINADO NA ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS

Foi assassinado no sábado, 19, o padre Romeu Drago, 56, administrador da quase paróquia de Nossa Senhora do Carmo [arquidiocese de Montes Claros – MG]. Desaparecido desde aquele dia, o corpo do religioso foi encontrado carbonizado, no domingo, 20, às margens da rodovia estadual MG-122, a 25 quilômetros da cidade.

As investigações da Polícia apontam que o sacerdote foi assassinado dentro de casa e o corpo teria sido colocado dentro do porta-malas de seu carro, um Voyage verde, modelo 2010. O motivo do assassinato ainda está sendo investigado, mas os indícios apontam que o padre foi vítima de latrocínio [roubo seguido de morte], já que o automóvel foi levado. e até o momento ainda não foi encontrado. Está sendo investigado ainda o roubo de dinheiro.

O religioso foi visto pela última vez, por volta das 20h de sábado, na porta de casa, no Bairro Monte Carmelo, próximo ao Ginásio Poliesportivo Tancredo Neves. Um vizinho disse ter testemunhado um rapaz moreno claro entrando e saindo da casa do padre. O desaparecimento, porém, só foi percebido por vizinhos ao meio dia segunda-feira, 21, quando a Polícia Militar foi acionada.

Ainda de acordo com as investigações da Polícia, o padre teria sido morto no escritório, onde havia um cofre em que guardava dinheiro da paróquia, aberto e vazio, e arrastado até a garagem. Na mesa estavam quatro cartões de contas bancárias dele. Estão sendo investigados os últimos saques.

O corpo foi levado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML).

Em nota, a arquidiocese de Montes Claros (MG), por meio do seu arcebispo, dom José Alberto Moura, lamentou a morte do sacerdote e a insegurança nas cidades. “Lastimamos o fato e a situação de insegurança em que vivemos”, diz um trecho do texto. Ainda segundo a nota, “os restos mortais do padre Romeu deverão ser levados para sua terra natal, Marilândia, no Estado do Espírito Santo, tão logo seja liberado pelo Instituto Médico Legal e após a celebração da Missa de corpo presente na Catedral de Montes Claros”.

CATEQUSE: Papa explica "norma segura" para viver e morrer bem

O Papa Bento XVI falou sobre a figura do italiano São Roberto Bellarmino, cardeal, jesuíta e doutor da Igreja - que viveu no século XVI, época da Reforma Protestante -, na Catequese desta quarta-feira, 23.

O Pontífice indicou um dos escritos do santo como regra de ouro para o bom viver e bom morrer:

"No livro De arte bene moriendi – a arte de morrer bem – por exemplo, [Bellarmino] indica como norma segura do bom viver, e também do bom morrer, o meditar frequentemente e seriamente que se deverá prestar contas a Deus das próprias ações e do próprio modo de viver, bem como não buscar acumular riquezas nesta terra, mas viver de modo simples e com caridade, de modo a acumular bens no Céu", afirmou

Apesar de Bellarmino ter vivido em plena época da Reforma, sempre evitou todo o enfoque agressivo ou polêmico em suas obras.

"Bellarmino ensina com grande clareza e com exemplo da sua vida que não se pode exercer verdadeira reforma da Igreja se antes não há reforma pessoal e a conversão do nosso coração", disse Bento XVI.

Nos escritos do santo, é salientado o primado dos ensinamentos de Cristo. "São Bellarmino oferece, assim, um modelo de oração, alma de toda a atividade: uma oração que escuta a Palavra do Senhor, que se satisfaz ao contemplar a grandeza, que não se encerra em si mesmo, mas alegra-se no abandonar-se em Deus", acrescentou o Santo Padre.

Por fim, o Bispo de Roma disse:

"Essas, obviamente, não são palavras que saíram de moda, mas palavras a serem meditadas ainda hoje por nós, para orientar o nosso caminhos sobre esta terra. Recordam-nos que o fim da nossa vida é o Senhor, o Deus que se revelou em Jesus Cristo, no qual Ele continua a chamar-nos e a prometer-nos a comunhão com Ele. Recordam-nos a importância de confiar no Senhor, de nos gastarmos em uma vida fiel ao Evangelho, de aceitar e iluminar com a fé e com a oração toda a circunstância e toda a ação da nossa vida, sempre nos esforçando para a união com Ele".

São Bellarmino

Nasceu em 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, junto a Siena, e era sobrinho, por parte de mãe, do Papa Marcello II. Teve uma excelente formação humanística antes de entrar na Companhia de Jesus, em 20 de setembro de 1560. Foi ordenado sacerdote em 25 de março de 1570. Os estudos sobre São Tomás e os Padres da Igreja foram fundamentais para sua formação filosófica e teológica.

"Havia sido concluído há pouco o Concílio de Trento e, para a Igreja Católica, era necessário reforçar e confirmar a própria identidade frente à Reforma protestante. A ação de Bellarmino insere-se nesse contexto", explicou Bento XVI.

Em 3 de março de 1599, foi criado cardeal pelo Papa Clemente VIII e, em 18 de março de 1602, foi nomeado Arcebispo de Cápua. Recebeu a ordenação episcopal em 21 de abril do mesmo ano.

Após ter participado nos conclaves que elegeram os Papas Leão XI e Paulo V, foi chamado novamente a Roma, onde foi membro das Congregações do Santo Ofício, do Índice, dos Ritos, dos Bispos e da Propagação da Fé. Teve também encargos diplomáticos, junto à República de Veneza e a Inglaterra, na defesa dos direitos da Sé Apostólica.

"Nos seus últimos anos de vida, compôs vários livros de espiritualidade, nos quais condensou o fruto dos seus exercícios espirituais anuais. Da leitura desses, o povo cristão obtém ainda hoje grande edificação", acrescentou o Pontífice, durante a audiência.

São Bellarmino morreu em Roma, em 17 de setembro de 1621. O Papa Pio XI beatificou-o em 1923, canonizou-o em 1930 e proclamou-o Doutor da Igreja em 1931.

A audiência

O encontro do Bispo de Roma com os fiéis reunidos na Sala Paulo VI aconteceu às 7h30 (horário de Brasília - 10h30 em Roma). O Papa continua uma breve série de encontros para completar a apresentação dos Doutores da Igreja, no contexto de Catequeses dedicadas aos padres da Igreja e grandes figuras de teólogos e mulheres da Idade média.

Bento XVI abençoou uma estátua de São Marun, na Via delle Fondamenta, antes de iniciar a audiência. A estátua foi colocada no exterior da Basílica de São Pedro. Participaram da cerimônia o Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Cardeal Nasrallah Pierre Sfeir; o presidente do Líbano, Michel Suleiman, e um grupo de ministros libaneses de todas as confissões. Também esteve presente o escultor espanhol Marco Augusto Dueñas, autor da obra esculpida em um bloco de mármore de Carrara.

Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:

"Amados peregrinos de língua portuguesa, a todos saúdo cordialmente, desejando que este nosso encontro dê frutos de renovação interior, que consolidem a concórdia nas famílias e comunidades cristãs, a bem da justiça e da paz no mundo. Como penhor de graça e paz divina, para vós e vossos queridos, de bom grado vos concedo a Bênção Apostólica".

SANTO DO DIA - São Policarpo de Esmirna

Nascido em uma família cristã da alta burguesia no ano 69, em Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre sua vida nos foram transmitidos pelo seu biógrafo e discípulo predileto, Irineu, venerado como o "Apóstolo da França" e sucessor de Timóteo em Lion. Policarpo foi discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros apóstolos que conviveram com o Mestre. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, Policarpo foi escolhido e consagrado para ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio apóstolo João, o Evangelista.

Foi amigo de fé e pessoal de Inácio Antioquia, que esteve em sua casa durante seu trajeto para o martírio romano em 107. Este escreveu cartas para Policarpo e para a Igreja de Esmirna, antes de morrer, enaltecendo as qualidades do zeloso bispo. No governo do papa Aniceto, Policarpo visitou Roma, representando as igrejas da Ásia para discutirem sobre a mudança da festa da Páscoa, comemorada em dias diferentes no Oriente e Ocidente. Apesar de não chegarem a um acôrdo, se despediram celebrando juntos a liturgia, demonstrando união na fé, que não se abalou pela divergência nas questões disciplinares.

Ao contrário de Inácio, Policarpo não estava interessado em administração eclesiástica, mas em fortalecer a fé do seu rebanho. Ele escreveu várias cartas, porém a única que se preservou até hoje foi a endereçada aos filipenses no ano 110. Nela, Policarpo exaltou a fé em Cristo, a ser confirmada no trabalho diário e na vida dos cristãos. Também citou a Carta de Paulo aos filipenses, o Evangelho, e repetiu as muitas informações que recebera dos apóstolos, especialmente de João. Por isto, a Igreja o considera "Padre Apostólico", como foram classificados os primeiros discípulos dos apóstolos.

Durante a perseguição de Marco Aurélio, Policarpo teve uma visão do martírio que o esperava, três dias antes de ser preso. Avisou aos amigos que seria morto pelo fogo. Estava em oração quando foi preso e levado ao tribunal. Diante da insistência do pro cônsul Estácio Quadrado para que renegasse a Cristo, Policarpo disse: "Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão"! Foi condenado e ele mesmo subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos". Mas a profecia de Policarpo não se cumpriu: contam os escritos que, mesmo com a fogueira queimando sob ele e à sua volta, o fogo não o atingiu.

Os carrascos foram obrigados a matá-lo à espada, depois quando o seu corpo foi queimado exalou um odor de pão cosido. Os discípulos recolheram o restante de seus ossos que colocaram numa sepultura apropriada. O martírio de Policarpo foi descrito um ano depois de sua morte, em uma carta datada de 23 de fevereiro de 156,enviada pela igreja de Esmirna à igreja de Filomélio. Trata-se do registro mais antigo do martirológio cristão existente.

QUEM NÃO É CONTRA NÓS É POR NÓS - Marcos 9,38-40

A tradição das três negações de Pedro, por ocasião da prisão de Jesus, transformou-o em exemplo daquele que tem seus momentos de fragilidade na fé. João também comete alguns deslizes. À sua atitude excludente, nesta passagem do evangelho, junta-se a sua aspiração aos privilégios quando espera ocupar posição de destaque ao lado de Jesus no caso dele conquistar o poder. É uma visão que nega o projeto de Jesus.Havia grupos de discípulos de Jesus, que agiam em seu nome (expulsavam demônios), diferenciados dos doze que circundavam Jesus. Poderiam ser discípulos originários da gentilidade. Os Doze, aqui representados por João, ainda estão apegados à esperança messiânica da tradição do judaísmo e rejeitam aqueles que "não andavam" com eles. Para Jesus, o caminho não é "proibir" mas valorizar todos os gestos e práticas libertadoras e promotoras da vida, mesmo fora da comunidade missionária. Há quem julgue que o missionário é aquele que tem a salvação e vai leva-la aos pecadores. É perito na doutrina e vai ensinar os que a ignoram. Recebe um poder com o qual vai dar eficiência à missão.Cabe à missão, a exemplo de Jesus, reconhecer e solidalizar-se com as manifestações de vida, de busca da liberdade e da justiça, onde quer que floresçam. Em qualquer povo, em qualquer cultura, em qualquer tempo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

DOAÇÕES E INSS DE DOMÉSTICA PODERÃO SER DEDUZIDOS DO IR

A Receita Federal permitirá que pessoas físicas deduzam do Imposto de Renda as doações para fundos dos direitos da Criança e do Adolescente e do Idoso. A redução do imposto a pagar também vale para patrocínios a projetos de cultura, audiovisuais e esportes.

Segundo o Fisco, pessoas que fizeram doações no ano passado já poderão deduzir o valor do imposto na declaração de ajuste anual neste ano. O período para a entrega da declaração do Imposto de Renda de 2010 será de 1 de março a 29 de abril deste ano.

O limite de dedução das doações é de 6% sobre o IR a ser pago. Para o Fisco, o cálculo é feito sobre todo o Imposto de Renda que o contribuinte pagou, o que leva em consideração o recolhimento na fonte feito pelo empregador e os pagamentos de carnê leão. Com isso, quem tem direito a restituição de Imposto de Renda também poderá abater as doações. E o valor a ser restituído poderá aumentar.

EMPREGADA DOMÉSTICA

A Receita Federal também permite abater no Imposto de Renda da pessoa física o INSS da empregada doméstica. O valor limite a ser deduzido é de 12% sobre um salário mínimo. Mas esse benefício fiscal terá data para acabar. O contribuinte poderá deduzir a contribuição previdenciária da empregada somente até o ano que vem, se o Congresso não prorrogar o prazo.

Com a permissão para deduzir doações no IR, o abatimento com a empregada poderá cair. Mas só nos casos em que o imposto devido é baixo. O Fisco explicou que primeiro será feita a dedução no limite de 6% do imposto devido por doações e patrocínios. E em seguida será feito o desconto da contribuição da empregada doméstica sobre o valor que sobrar.

MENSAGEM PARA QUARESMA: "Com o jejum, aprendemos a superar o egoísmo", enfatiza o Papa

“A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante”, por isso, o Papa Bento XVI elucidou, em sua mensagem divulgada nesta terça-feira, 22, como cada cristão deve viver este período por meio de práticas de jejum, esmola e oração para renovar seu batismo e reencontrar Jesus Cristo, “Senhor da nossa vida”.

Por meio das práticas tradicionais do jejum, esmola e oração, o cristão expressa o empenho à conversão. Com o jejum “aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor fazendo com que o amor a Deus seja também amor ao próximo”, explica Bento XVI.

Diante de um realidade mundana que leva à idolatria dos bens materiais, os quais não só afastam as pessoas, tornando-as infelizes, enganando e iludindo, sendo colocados no lugar de Deus, “a prática da esmola é um chamado à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia”, ressalta o Pontífice.

Já na oração “encontramos tempo para Deus, para entender que 'as suas palavras não passarão' , para entrar naquela comunhão íntima com Ele 'que ninguém nos poderá tirar' e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna”, salienta o Papa, destacando que com a graça do Sacramento da Penitência os fiéis podem caminhar com decisão para Cristo.

Assim, “mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Batismo”, retoma Bento XVI.

O Bispo de Roma ressalta que o percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Vigília Pascal, onde “renovando as promessas batismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida” e “reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à ação da Graça para sermos seus discípulos”.

O Santo Padre esclarece que o Batismo “não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do batizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leva a alcançar a estatura adulta de Cristo”. Assim, o Batismo é um ato decisivo para toda existência.

LITURGIA QUARESMAL

No primeiro domingo do itinerário quaresmal, evidencia-se a condição dos homens nesta terra. “É um claro chamado a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta 'contra os dominadores deste mundo tenebroso' (Hb 6, 12), no qual o diabo é ativo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal', ressalta o Papa.

Já o Evangelho da Transfiguração do Senhor, destaca a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. Segundo Bento XVI, este é um convite a distanciar-se dos boatos da vida cotidiana para se imergir na presença de Deus. “Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor”, enfatiza.

O pedido de Jesus à samaritana - 'Dá-Me de beber' (Jo 4, 7) - que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e Seu desejo de suscitar no coração o desejo do dom Espírito Santo, explica o Papa.

“O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo”, diz o Pontífice, ressaltando que é Ele é que ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como 'filho da luz'.

No quinto domingo, é proclamada a ressurreição de Lázaro, quando os fiéis são convidados a estar diante do último mistério da existência humana: “Eu sou a ressurreição e a vida... Crês nisto?” (Jo 11, 25-26).

“A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança”, enfatiza o Santo Padre.

CRISTO, SALVADOR DO MUNDO

“Ninguém é merecedor da vida eterna pelas próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência 'os mesmos sentimentos de Jesus Cristo' (Fl 2, 5), é comunicada gratuitamente ao homem”, esclarece o Papa.

Assim, na Cruz é manifestado o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que “se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical”, enfatiza o Bispo de Roma em sua mensagem para a Quaresma.

DESCONHECIDO, PRECISO DE TI

Todos os dias, no caminho da vida, encontro centenas de rostos.

Tenho esperança de encontrar um rosto que se fixe em mim.
Alguém que se torne meu amigo.
Alguém que tenha tempo para sorrir-me.
Alguém que saiba captar minhas mensagens.
Alguém que aceite refletir comigo.
Desconhecido, te esperei inutilmente...
Estavas perdido na multidão...
Estavas tão entretido com tuas coisas...
Não percebestes minha solidão.
Nem minha presença.
Não soubeste ver além das aparências.
Não tiveste tempo para parar.
Ontem encontrei um rosto que se fixou em mim.
Alguém que se aproximou de mim.
Alguém que me deu liberdade de olhar.
Alguém que compreendeu meus sentimentos.
Alguém que acolheu meus medos com respeito.
Alguém que acendeu uma luz em meu caminho.
Alguém que auscultou o pulsar do meu coração.
Alguém que me comoveu com sua ternura.
Desconhecido!
Se queres encher tua vida, acompanha-me.
Se sabes partilhar, eu preciso de partilha.
Se amas os pobres, lembra-te de mim.
Se acolhes os fracos... pensa também em mim.
Desconhecido, gostaria de dar um rosto a teu nome.
Não esqueça minha voz nem meu olhar.

Arnaldo Pangrazzi

SANTO DO DIA - Santa Margarida de Cortona

A penitência marcou a vida de Margarida que nasceu em 1247, em Alviano, Itália. Foi por causa de sua juventude, período em que experimentou todos os prazeres de uma vida voltada para as diversões mais irresponsáveis.

Margarida ficou órfã de mãe, quando ainda era muito criança. O pai se casou de novo e a pequena menina passou a sofrer duramente nas mãos da madrasta. Sem apoio familiar, ela cresceu em meio a toda sorte de desordens, luxos e prazeres. No início da adolescência se tornou amante de um nobre muito rico e passou a desfrutar de sua fortuna e das diversões mundanas.

Um dia, porém, o homem foi vistoriar alguns terrenos dos quais era proprietário e foi assassinado. Margarida só descobriu o corpo, alguns dias depois, levada misteriosamente até ele pela cachorrinha de estimação que acompanhara o nobre na viagem. Naquele momento, a moça teve o lampejo do arrependimento. Percebeu a inutilidade da vida que levava e voltou para a casa paterna, onde pretendia passar o resto da vida na penitência.

Para mostrar publicamente sua mudança de vida, compareceu à missa com uma corda amarrada ao pescoço e pediu desculpas a todos pelos excessos da sua vida passada. Só que essa atitude encheu sua madrasta de inveja, que fez com que ela fosse expulsa da paróquia. Margarida sofreu muito com isso e chegou a pensar em retomar sua vida de luxuria e riqueza. No entanto, com firmeza conseguiu se manter dentro da decisão religiosa, procurando os franciscanos de Cortona e conseguindo ser aceita na Ordem Terceira.

Para ser definitivamente incorporada à Ordem teria que passar por três anos de provação. Foi nesta época que ela se infligiu as mais severas penitências, que foram vistas como extravagantes, relatadas nos antigos escritos, onde se lê também que a atitude foi tomada para evitar as tentações do demônio. Seus superiores passaram a orienta-la e isso a impediu de cometer excessos nas penitências.

Aos vinte e três anos Margarida de Cortona, como passou a ser chamada, foi premiada com várias experiências de religiosidade que foram presenciadas e comprovadas pelos seus orientadores espirituais franciscanos. Recebeu visitas do anjo da guarda, teve visões, revelações e mesmo aparições de Jesus, com quem conversava com freqüência durante suas orações contemplativas.

Ela percebeu que o momento de sua morte se aproximava e foi ao encontro de Jesus serenamente, no dia 22 de fevereiro de 1297. Margarida de Cortona foi canonizada pelo Papa Bento XIII em 1728 e o dia de sua morte indicado para a sua veneração litúrgica.

IGREJA CELEBRA HOJE FESTA DA CÁTEDRA DE SÃO PEDRO

Na Basílica de São Pedro, monumento à Cátedra do Apóstolo
A Liturgia latina celebra, neste dia 22 de fevereiro, a Festa da “Cátedra” de São Pedro. Trata-se de uma tradição muito antiga, testemunhada em Roma desde os finais do século IV, que dá graças a Deus pela missão confiada ao apóstolo Pedro e a seus sucessores. Na basílica de São Pedro, em Roma, encontra-se o monumento à “cátedra” do apóstolo, obra do escultor italiano Gian Lorenzo Bernini, executada em forma de grande trono de bronze, sustentada pelas estátuas de quatro doutores da Igreja, dois do Ocidente, Santo Agostinho e Santo Ambrósio, e dois do oriente, São João Crisóstomo e Santo Atanásio.

Mas por que é celebrada a “cátedra” de Pedro? A ela a tradição da Igreja atribui um forte significado espiritual e reconhece um sinal privilegiado do amor de Deus, Pastor bom e eterno, que quer reunir toda sua Igreja e guiá-la pelo caminho da salvação.

A “cátedra” literalmente quer dizer a sede fixa do bispo, localizada na Igreja mãe de uma diocese que, por este motivo, é chamada “catedral”. Ela simboliza a autoridade do bispo e, em particular, de seu “magistério”, ou seja, do ensinamento evangélico que ele, enquanto sucessor dos apóstolos, está chamado a transmitir à comunidade cristã.

Qual foi, então, a “cátedra” de São Pedro? Ele, escolhido por Cristo como “rocha” sobre a qual a Igreja seria edificada (cf. Mateus 6, 18), começou seu ministério em Jerusalém, depois da ascensão do Senhor e de Pentecostes. A primeira “sede” da Igreja foi o Cenáculo, em Jerusalém. É provável que naquela sala, onde também Maria, a Mãe de Jesus, rezou junto aos discípulos, se reservasse um posto especial a Simão Pedro.

Em seguida, a sede de Pedro foi Antioquia, cidade situada no rio Oronte, na Síria, hoje Turquia. Naqueles tempos era a terceira cidade do Império Romano depois de Roma e de Alexandria do Egito. Daquela cidade, evangelizada por Barnabé e Paulo, onde “pela primeira vez os discípulos receberam o nome de “cristãos” (Atos 11, 26), Pedro foi o primeiro bispo da Igreja.

Depois, a Providência levou Pedro a Roma. Portanto, encontramo-nos com o caminho que vai de Jerusalém (Igreja nascente) a Antioquia (primeiro centro da Igreja, que agrupava pagãos) e também unida à Igreja proveniente dos judeus. Depois, Pedro dirigiu-se a Roma, centro do Império, onde concluiu com o martírio sua carreira ao serviço do Evangelho.

Por esse motivo, a sede de Roma, que havia recebido a maior honra, recebeu também a tarefa confiada por Cristo a Pedro: estar a serviço de todas as Igrejas particulares para a edificação e a unidade de todo o Povo de Deus. A sede de Roma, depois dessas migrações de São Pedro, foi reconhecida como a do sucessor de Pedro, e a “cátedra” de seu bispo representou a do apóstolo encarregado por Cristo de apascentar todo seu rebanho. A cátedra do bispo de Roma representa, portanto, não só seu serviço à comunidade romana, mas também sua missão de guia de todo o Povo de Deus.

FÉ - Mateus 16,13-19

A profissão de fé de Pedro com o elogio de Jesus é própria de Mateus. Pedro professa a fé cristológica-messiânica, herdada da tradição davídica do rei poderoso. No evangelho de Marcos, Jesus descarta este messianismo. Mateus a valoriza diante da sua comunidade de discípulos oriundos do judaísmo. Há também um destaque para a Igreja, o qual sugere que o texto tenha uma redação tardia, quando a instituição eclesial já surgia e se consolidava. Mas a narrativa adquire uma contradição no texto que a segue (Mt 16,20-23), com o qual se articula (cf. 4 ago.). Quando Jesus mostra-se humano e frágil, ameaçado pelas perseguições, pelo sofrimento e morte em Jerusalém, Pedro o rejeita. Jesus lhe dirige uma tripla censura: satanás, pedra de tropeço e não pedra da Igreja, e ter em mente as coisas dos homens não as de Deus. Curiosamente, a tradição marcada pela concepção de uma igreja imperial procura ocultar esta contradição.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

NÚMERO DE SACERDOTES E BATIZADOS AUMENTAM NO MUNDO, REVELA ANUÁRIO

Entre 2008 e 2009, o número de católicos no mundo aumentou 1,3% (de 1,166 para 1,181 bilhão). Já o total de sacerdotes cresceu 0,34% (de 409.197 para 410.593). Os dados fazem parte do Anuário Pontifício, divulgado na manhã deste sábado, 19.

O volume revela várias novidades sobre a vida da Igreja Católica no mundo. Confira as principais.

FIÉIS BATIZADOS

O aumento absoluto de fiéis foi de 15 milhões, mas a distribuição do número de católicos é diferente da populacional – isto é, nem sempre a maior concentração de pessoas é sinônimo de quantidades maiores de cristãos.

Nas Américas, de 2008 a 2009, a população total correspondeu a 13,6% do total de habitantes no planeta. Por sua vez, o continente concentra 49,4% da população católica do mundo. Na Ásia, onde os habitantes correspondem a 60,7% da população mundial, o número de católicos está na ordem de 10,7% do total. Já na Europa, onde o número de habitantes é apenas três pontos percentuais inferior à América, a população católica corresponde a apenas 24% - praticamente metade do número de fiéis presentes nas Américas. Tanto para os países africanos quanto para os da Oceania, o peso da população sobre o total mundial não difere muito do número de católicos (15,2% e 0,8%, respectivamente, para a África e Oceania).

CLERO

A população sacerdotal permanece com uma onda de crescimento moderada, iniciada no ano 2000, após um longo período de resultados bastante decepcionantes. O número dos sacerdotes, seja diocesanos, seja religiosos, aumentou 1,34% ao longo dos últimos 10 anos, passando de 405.178 em 2000 para 410.593 em 2009.

O aumento deriva do crescimento de 0,08% do clero religioso e ao aumento de 0,56% do diocesano. O decrescimento percentual afetou somente a Europa (-0,82% para os diocesanos e -0,99% para os religiosos), dado que nos outros continentes o número de sacerdotes como um todo aumentou. Com exceção da Ásia e da África, o clero religioso diminuiu em todos os lugares.

Já o número de Bispos no mundo passou – de 2008 a 2009 – passou de 5002 a 5065, com um aumento de 1,3%. O continente mais dinâmico é o africano (1,8%), seguido da Oceania (1,5%), enquanto Ásia (0,8%) e Américas (1,2%) estão abaixo da média geral. Para a Europa, o aumento é de cerca de 1,3%.

Os diáconos permanentes aumentaram 2,5%, passando de 37.203 em 2008 para 38.155 em 2009. A presença dos diáconos melhorou na Oceania e na Ásia em ritmos elevados: na Oceania, onde os diáconos não chegam ainda a 1% do total, o aumento foi de mais de 19%, chegando a 346 diáconos em 2009. Na Ásia, o incremento foi de 16%.

Mas o aumento mais considerável registra-se também nas áreas onde a presença já é quantitativamente mais relevante. Nas Américas e na Europa, onde, em 2009, residiam cerca de 98% dos diáconos permanentes do mundo, o crescimento foi de, respectivamente, 2,3% e 2,6% com relação a 2008.

O número dos candidatos ao sacerdócio no mundo cresceu 0,82%, passando de 117.024 em 2008 para 117.978 em 2009. Grande parte desse aumento atribui-se a Ásia e a África, com ritmos de crescimento de 2,39% e 2,20%, respectivamente. A Europa e as Américas registraram uma contração, respectivamente, de 1,64% e 0,17% no mesmo período.

Uma diminuição foi registrada entre os religiosos professos. Em 2008, eram 739.068; em 2009, eram 729.371. A crise, portanto, permanece, exceto na África e Ásia, onde há um aumento nos números.

ESTRUTURA

Em 2010, foram erigidas pelo Santo Padre 10 novas Sedes Episcopais, 1 Exarcado Apostólico e 1 Vicariato Apostólico. Também foram elevadas: 1 Diocese a Sede Metropolitana; 2 Prelaturas a Dioceses; 2 Prefeituras e 1 Administração Apostólica a Vicariatos Apostólicos.

Os dados estatísticos, referentes ao ano de 2009, fornecem uma análise sintética das principais dinâmicas referentes à Igreja Católica nas 2956 circunscrições eclesiásticas do planeta.

O ANUÁRIO

O Annuarium Statisticum Ecclesiae (Anuário Estatístico da Igreja) informa sobre os aspectos salientes que caracterizam a atividade da Igreja Católica nos diversos Países e nos Continentes em particular.

O Anuário Pontifício 2011 foi apresentado ao Papa Bento XVI na manhã deste sábado, 19, pelo secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, e pelo Substituto da Secretaria de Estado para Assuntos Gerais, Dom Fernando Filoni.

A redação do novo Anuário esteve aos cuidados do encarregado do Escritório Central de Estatística da Igreja, monsenhor Vittorio Formenti, do professor Enrico Nenna e de outros colaboradores.

Já o complexo trabalho de imprensa foi, por sua vez, gerenciado pelos padres Pietro Migliasso, SDB, Antonio Maggiotto,SDB, e Giuseppe Canesso, SDB, respectivamente Diretor-Geral, Diretor-Comercial e Diretor-Técnico da Tipografia Vaticana. O volume estará disponível em brave para venda nas livrarias.

O Santo Padre agradeceu pela homenagem, mostrando vivo interesse pelos dados ilustrados e desejando expressar Sua gratidão a todos aqueles que colaboraram para a nova edição do Anuário.

ESTUDO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011

Aconteceu nos dia 18 e 19 de fevereiro, no Centro Pastoral Dom Wagner em Caicó, sede da Diocese, o encontro de capacitação da Campanha da Fraternidade 2011. A nossa Paróquia de São Sebastião de Florânia se fez representada pelo jovem Felipe, Coordenador do Grupo de Jovens Shalom, Catequista e Missionário.

A Campanha da Fraternidade na nossa comunidade paroquial terá sua abertura na Missa da Quarta Feira de Cinzas às 19h na Igreja Matriz de São Sebastião. De segunda a quinta feira acontecerá via-sacra pelas ruas da cidade, na Vila Jucuri e na Passagem das Flores. Nas sextas-feiras às 15h acontecerá via-sacra nas Igrejas e Capelas da Paróquia e a noite das sextas teremos encontro em setores missionários e apresentação do DVD da CF 2011.

DEUS NÃO ME ESCUTA!

Deus não me escuta porque sou ruim? Por que é que gente pior do que eu vive mais feliz?

Nádia

A carta chegou à redação da nossa revista "Ir ao Povo" e tocou-nos profundamente. Há jovens que sofrem mais do que sua cabeça consegue suportar. Foi esta a nossa resposta.

Nada disso, Nádia...

Você não é ruim e sabe que não é. Na revolta dos seus 15 anos, seu coração ainda jovem acha que Deus quer seu sofrimento. Não sei quem lhe passou esta catequese, mas não é a da nossa Igreja. Seria o mesmo que dizer que Deus é injusto, porque ajuda suas amigas egoístas, enquanto para você, que faz tudo certinho, Ele só reserva pedradas. Para piorar as coisas, sua tia, que se diz católica praticante, lhe diz que Deus quer que você sofra para "expiar" pecado de alguém do passado: que é seu "karma". Isso é o que se chama de angu de caroço. Estão confundindo tudo para você. Seu tio, então, usou as frases bíblicas mais erradas para a ocasião. Ser evangélico não torna ninguém melhor leitor de Bíblia do que os outros. Há gente confusa em todas as Igrejas...

Pode ser difícil explicar o sofrimento, mas a explicação de sua tia e de seu tio só pioram a coisa. Com isso, você se revolta contra Deus, porque gente que se diz iluminada lhe disse que Ele quer ver você sofrendo para pagar por alguma tetra-ultra-bisavó que você nem conheceu, mas que precisa ser libertada de seu cativeiro espiritual. Sobrou para você.

Sabe o que diz o evangelho de João? Que Deus é amor. Já imaginou Deus, sendo amor, a torturar uma menina no lugar de uma antepassada? A opção de Jesus de arriscar e dar a vida pela humanidade é bem diferente da de uma pessoa que não fez esta escolha. Jesus sabia do preço do sofrimento e aceitou suas conseqüências ao dizer o que disse e fazer o que fez. Uma coisa é Jesus morrer por nós e outra é dizer que você tem que sofrer por uma pessoa que viveu há duzentos anos atrás!

O sofrimento dos inocentes não tem explicação fácil, mas certamente não nos autoriza a dizer que Deus está fazendo alguém sofrer. Isto seria ser mau. Deus não poderia querer o mal de ninguém. Uma vez, quando perguntaram a Jesus (Jo 9,2) quem pecara para que determinado rapaz tivesse nascido cego - se ele mesmo ou seus parentes - Jesus respondeu que ninguém estava reparando pecado de ninguém. Deus sabia porquê e Deus agiria nele. Na pergunta estava implícita a reencarnação: é que o moço era cego de nascença e perguntaram se era por algum pecado dele. Jesus descartou a hipótese da reencarnação.

Eu digo a você o que Jesus disse aos que lhe perguntavam. A obra de Deus ainda vai se manifestar em você. Naquele dia, você vai saber se fez sentido ou não esta fase difícil da sua vida! Por enquanto, não aceite a explicação que lhe deram. Deus não está descontando em você o pecado de nenhum de seus antepassados. O Pai não faria isso! Leia o evangelho de João. Vai conhecer um Jesus que se importa com a nossa dor e, mais cedo ou mais tarde, nos tira dela!

Pe. Zezinho, SCJ

SANTO DO DIA - Santo Euquério

O bispo francês Euquério foi um grande defensor da Igreja em seu tempo. Defensor não só de seus conceitos e dogmas, mas também dos seus bens, que tanto atraíam os poderosos.

Euquério nasceu em Órleans, na França, e recebeu disciplina e educação cristã desde o berço. Assim que a idade o permitiu, entrou para o mosteiro de Lumièges, às margens do rio Sena. Seus sete anos de atuação ali foram marcados pela autopenitência que, de tão severa, chegava a lembrar os monges eremitas do Oriente. Esse período fez dele o candidato natural à sucessão do bispo de sua cidade natal. Humilde, Euquério tentou recusar, mas foram tantos os pedidos de seus irmãos de hábito e do povo em geral, que acabou aceitando.

Seu bispado foi marcado pelo respeito às tradições e à disciplina. Euquério chegou a enfrentar o rei francês Carlos Martel, que pretendia se apossar de bens da Igreja, dirigindo-lhe censuras graves, como faria a qualquer outra ovelha de seu rebanho, se fosse necessário. O rei, apesar de precisar dos bens para aumentar as finanças e continuar a guerra contra os sarracenos muçulmanos, deixou de lado sua intenção. Entretanto, tramou a transferência do bispo, para afastá-lo de sua querida cidade de Órleans.

Euquério foi transferido para Colônia, na Alemanha, aonde também conquistou o respeito e o carinho do povo e do clero. Então o vingativo rei conseguiu que fosse mandado para mais longe, Liège. Ele viveu seis anos no exílio e passou seus últimos dias no convento de São Trondom. O bispo Euquério morreu no dia 20 de fevereiro de 738 e suas relíquias permaneceram guardadas na igreja desse convento, na diocese de Mastrichiti. O seu culto se perpetua pela devoção dos fiéis tanto na França, quanto na Alemanha e em todo o mundo cristão. Sua festa litúrgica se dá no dia de sua morte.

A NOVIDADE DE JESUS - Mateus 5,38-48

No Primeiro Testamento, configurada a eleição divina de um povo, com exclusividade, decorre uma separação dos demais povos, sendo que esta eleição revestia o povo de santidade. Os eleitos são os "filhos de Abraão", e os demais povos eram tidos como inimigos. Dentro do povo eleito buscava-se a reconciliação, a paz, a harmonia, "descartando-se a vingança e o rancor entre os compatriotas" (cf. primeira leitura). Contudo, a ocupação da "terra prometida", depois do êxodo, é precedida pela mensagem da divindade: "Se escutares fielmente a voz do meu anjo e fizeres tudo o que eu disser, então, serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários. O meu anjo irá adiante de ti e eu exterminarei os povos de Canaã" (Ex 23,22.23). Neste evangelho de Mateus, hoje, temos as duas últimas contraposições que mostram a novidade de Jesus em confronto com a tradição da antiga Lei. O "que foi dito" é substituído, agora, pela revelação de Jesus através de sua prática e de suas palavras. Na primeira contraposição, Jesus remove o mau espírito de vingança pela prática da bem-aventurança da mansidão. Com estas propostas Mateus busca a conversão plena de sua comunidade originária do judaísmo. A lei do talião, na tradição de Israel, incitava à vingança, no caso de uma violência sofrida: "vida por vida, olho por olho, dente por dente, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe" (Ex 21,23-25). A Lei configurava, assim, uma cultura marcada por um espírito vingativo e cruel. Perpetuava-se a violência que, na tradição de Israel, é exemplar na memória perene que se faz do Êxodo, com o extermínio dos primogênitos dos egípcios oprimidos pelo faraó e no sequente extermínio dos sete povos de Canaã. O preceito de Jesus de não oferecer resistência ao malvado, vem romper com o ciclo contínuo da violência. Contudo, embora não se responda à violência com violência, cabe, contudo, questionar e denunciar os agentes da violência. Em uma sociedade onde a violência é praticada pela ambição, em particular por parte dos poderosos grupos de enriquecidos, cabem os movimentos sociais em defesa dos oprimidos, e o empenho no estabelecimento de estruturas sócio-econômicas mais justas. Na última contraposição, com a novidade do amor aos inimigos, insistentemente anunciada por Jesus, é removida a antiga imagem de Deus apresentada no Primeiro Testamento como aquele é inimigo dos inimigos do "povo eleito", e os destrói. As concepções de povo eleito e de terra prometida fundamentavam a histórica segregação e conflito de Israel com os demais povos. Assim justificavam a sua violência: "Deus parte a cabeça dos seus inimigos e o cabeludo crânio do que anda nos seus próprios delitos" (Sl 68,21). Jesus revela o Deus de misericórdia sem limites. O apelo de Jesus à conversão tem o sentido tanto de mudança das referências religiosas da antiga tradição de Israel como dos sentimentos pessoais. A revelação do Deus Amor abre o caminho da perfeição a todos. A compreensão de que somos todos filhos do Deus Pai e Mãe e a percepção de que seu amor é sem limites leva à fraternidade universal, à solidariedade e à partilha, vivendo-se com alegria tendo como meta a união e a Paz.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

TERMINA AMANHÃ O HORÁRIO DE VERÃO

Depois de quatro meses de vigência, o horário de verão acaba neste domingo, 20. Nesse dia, os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão atrasar os relógios em uma hora.

A expectativa do Ministério de Minas e Energia é que haja uma redução de até 5% na demanda de energia elétrica nos horários de pico nessas regiões. Nos últimos dez anos, a adoção da medida proporcionou uma redução média de 4,7% na demanda por energia no horário de maior consumo. Em 2009, a redução na demanda de energia elétrica no horário de verão foi de aproximadamente 4,4% nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e de 4,5% na Região Sul.

O horário de verão é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumento na demanda por energia, que é resultado do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. Neste período, os dias têm maior duração por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode ser mais bem aproveitada.

A mudança de horário ocorre sempre no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.

SANTO DO DIA - Pe. Ibiapina

José Antônio de Maria Ibiapina nasceu aos 5 de agosto de 1806, em Sobral, Ceará. Era o terceiro dos oito filhos de Francisco Miguel Pereira e Teresa Maria de Jesus, um casal de fazendeiros decadentes, porém dotados de fé e humildade. Em 1816 a família se transfere para a vila de Icó, onde o pai assume as funções de escrivão. A família está com muitas dificuldades financeiras.

Ibiapina se hospeda, então na casa do padre Antônio Manuel de Sousa, que se ocupou de sua educação religiosa e foi um importante padrinho. Nesta época, Ibiapina já estava consciente da fragilidade da justiça e da política de sua região, especialmente pela convivência com seu pai, serventuário a justiça, que o fez conhecedor dos bastidores do poder. Ele estava certo de que iria se tornar um defensor dos oprimidos e carentes daquela terra sem lei. José Ibiapina ingressa no seminário de Olinda em 1823 mas o deixa para iniciar os estudos de direito.

Em 1828 ingressa no curso Jurídico, finalizando os estudos em 1832. Em 1834 é eleito deputado. Desde o começo se posicionava como um defensor das questões sociais e como um autêntico nacionalista, opondo-se, muitas vezes, a políticos e autoridades influentes. Terminada sua legislatura, Ibiapina não mais desejava continuar na vida pública e se dedicou ao seu ofício de advogado, principalmente em causas de pessoas humildes e sem posses. Mas a advocacia não era o que realmente satisfazia a inquietude de seu espírito. Decepcionado com a vida, com o matrimônio e com os homens, resolve abandonar a promissora carreira e se tornar sacerdote.

Em 1853, após um longo retiro espiritual, José Ibiapina recebeu as primeiras ordens, com o consentimento do bispo D. João. Começava aí a parte mais ativa de sua vida. Depois de ter sido professor do seminário inicia uma vida de peregrinação pelo interior de todo o Nordeste, para levar a mensagem confortadora do Evangelho e os dons da caridade aos irmãos mais humildes e abandonados. Movimentou-se do Piauí a Pernambuco, por diversos vilarejos, fundando colégios, hospitais, capelas, igrejas, cemitérios e até açudes. Mas, a principal marca do padre Ibiapina foram as chamadas Casas de Caridade, que começaram a surgir quando da grande epidemia de cólera que se alastrou por Pernambuco, e que prestavam atendimento de saúde aos doentes mais pobres.

Mais tarde, e com a ajuda de algumas religiosas missionárias, as Casas de Caridade passaram a oferecer formação moral e intelectual para os jovens e a abrigar órfãos e abandonados. Mas não foram apenas obras materiais as que padre Ibiapina construiu. Por onde passou, acalentou as pessoas, pregou a Palavra de Deus, apaziguou inimizades e disseminou o amor, como relatam alguns de seus biógrafos. O povo amava o Padre-Mestre, como era carinhosamente chamado.

Acometido de uma paralisia nas pernas, fruto dos anos de peregrinação, padre Ibiapina ficou preso a uma cadeira de rodas. Já em 1882 sofria de problemas vasculares que culminaram em alguns derrames. Acaba falecendo no dia 19 de fevereiro de 1883. Tantos foram os feitos de José Ibiapina que fora aclamado santo ainda em vida pelo povo nordestino. Atualmente seu processo de beatificação tramita no Vaticano.